A madeira

A primeira vez que entramos no Engenho chamou-nos a atenção a madeira do chão, do tecto e das paredes. Longas traves e tábuas de pinho resinoso, com mais de seis metros de comprimento, em razoável estado conservação. Nos dias de hoje, madeira de pinho resinoso é relativamente rara.

A que encontramos no Engenho poderá ter vindo de obras de uma igreja ou de navios que tenham dado à costa, no Século XIX, como era habitual nos Açores. São tão antigas que é difícil seguir-lhes o rasto.

No entanto, convencemo-nos de que seria possível devolver ao espaço (futuro Hostel) a mesma madeira, ainda que melhorada e recondicionada.

A madeira reserva ainda a mesma pureza, cor e cheiro. O tratamento obriga a muito empenho e engenho, mas a sua interação com a arquitectura e design contemporâneos dá outro sentimento ao espaço.

Sandra Cristina Sousa